sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Uma menina

Era uma vez uma menina que, como tantas outras, acreditava nos contos de fadas, mas cada vez mais as pessoas passavam por cima dos seus sentimentos como se nada fossem e destruiam seus sonhos...Com o tempo essa menina cresceu e aprendeu que nem todas as histórias têm finais felizes. Ao se dar conta disso, ela decidiu que ninguém a machucaria novamente, assim ela ergueu muralhas ao redor do seu coração e aprendeu a não deixar as pessoas se aproximar o bastante para conseguir magóa-la. Essa menina aprendeu a esconder seus sentimentos e a sempre fingir que tudo estava bem, mas na realidade nada estava bem, essa menina não era feliz...No fundo ela só precisava de alguém que fosse valente o suficiente para derrubar essas muralhas, alguém que a fizesse voltar a acreditar, alguém que olhasse dentro dos seus olhos com interesse o bastante para perceber que na realidade ela não era tão distante quanto se mostrava. Ela só precisava de alguém que a enxergasse e que se importasse com o que ela sentia, que se importasse com ela! Ela só precisava de alguém que a amasse... E você? Do que você precisa? ._.

Evaporar...


Você já pensou em tentar por mais uma vez
Achar outro alguém
Que lhe queira também

Não é todo rio
Que tem um mar pra se encontrar
Dá pra evaporar
E encontrá-lo através do ar...
Fresno

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Sol e Lua

Ouço o barulho da água caindo, molhando o telhado, e me sinto sozinha. Rompo a pequena distancia que me separa da janela a passos curtos. E olho para a imensidão do céu escuro. A escuridão esconde o brilho das estrelas e a lua brilha insegura entre o mar negro que é céu. Me lembro, embora não muito bem, de uma história que ouvi certa vez de que dois apaixonados, Sol e Lua, foram condenados a viverem separados por toda a eternidade e penso na injustiça que sofreram, condenados a uma vida solitária. A Lua sempre tão linda e imponente, de repente me parece frágil e triste, sozinha ali naquele céu escuro, sem nem mesmo o brilho das estrelas para lhe alegrar.
Compadeço-me dela e de repente percebo as semelhanças entre ela e alguém que conheço, muito, pouco. Dois seres que teimam em ser sozinhos, não por opção, embora vez ou outra ainda pudesse ter escolhido destino diferente. Essa pessoa, tão parecida com a Lua, de olhar entristecido e sorriso meio apagado, condenada a ser sozinha, teima em procurar o seu amado. Sabe-se lá se ele existe, ou se foi inventado. Não se sabe se está com vida ou morto estirado. Se anda pelo mundo ou se pelo mundo já lhe foi tirado. Rezo para que o encontre e lhe dê sentido a vida, pois a solidão não faz sentido, embora ainda ache que tampouco outra pessoa possa ser o sentido de uma vida. Mas pode trazer mais alegria. Rezo para que a traga.